O Brooklin é um bairro nobre da cidade de São Paulo.
Originalmente chamado de Brooklin Paulista, cresceu, sendo separado hoje em:
Atualmente é conhecido por ser um dos bairros mais valorizados da cidade, com grandes conjuntos empresariais e uma agitada vida noturna.
No final do século XIX a região onde hoje se encontra o bairro era atravessada por uma linha da Companhia Carris de Ferro São Paulo-Santo Amaro, que ligava o centro de São Paulo ao então município de Santo Amaro, seus vagões na época eram puxados por burros. Até então o "bairro", que se chamava 5º desvio, possuía cerca de três casas e uma parada de bonde. A empresa que pertencia ao engenheiro Alberto Kuhlmann faliu em 1900 sendo incorporada pela São Paulo Tramway, Light and Power Company. Treze anos mais tarde a empresa canadense introduziu na linha os bondes elétricos.
Devido à essa mudança houve um interesse imobiliário na região, atraindo investimentos públicos e privados, tornando-se industrial e residencial.
O Brooklin Paulista passou a ser conhecido como bairro em 1922, com a junção natural e quase simultânea de três grandes loteamentos, que acabaram por consolidar o seu território. Um deles, projetado por Júlio Klaunig e Álvaro Rodrigues, abrangia a área de 174 alqueires, da antiga Fazenda Casa Grande, esse localizava-se entre a Avenida Santo Amaro e Marginal do Rio Pinheiros, limitando-se de um lado com Avenida Morumbi e de outro, com as Águas Espraiadas. Um outro, chamado de Jardim das Acácias, lançado por Afonso de Oliveira Santos, situava-se entre a Avenida Morumbi e a Avenida Roque Petroni Júnior. E o terceiro, lançado pela Sociedade Anônima Fábrica Votorantim, confrontava com as avenidas Santo Amaro, Washington Luís, Avenida Vicente Ráo e Águas Espraiadas, formando o atual Brooklin Velho.
Quem lhe deu o nome atual foi a Light, em alusão ao distrito do Brooklyn, de Nova York que vem do nome original Breukelen dado pelos holandeses e significava "ponte pequena". Diversas de suas vias possuem nomes de locais dos Estados Unidos da América, tais como: Michigan, Florida, Texas, Miami, Kansas, Nebrasca, Nova York e Hollywood.
Até o mês de fevereiro de 1935, o bairro pertencia ao município de Santo Amaro, extinto no mesmo ano. Após a segunda metade do século XX o bairro perde suas características industriais, um exemplo desta transição foi a mudança da fábrica da Bombril para outra localidade da cidade. Na década de 1960 houve uma ampliação da Estação Campo Belo de energia, havendo a criação da Estação Berrini, atendendo todo o bairro.
Devido ao crescimento e desenvolvimento e empresarial da cidade de São Paulo houve a necessidade de criação de novas centralidades para a ocupação de novas empresas comerciais e prestadoras de serviços. A Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini foi um destes polos recentes. Criada no final da década de 1970, a via foi um meio em diversas empresas nacionais e multinacionais encontraram para fugir do elevado custo dos terrenos na avenidas Paulista e Faria Lima. Os arquitetos Carlos Bratke, Roberto Bratke e Francisco Collet fundaram ali a Construtora Bratke & Collet, que em dez anos construiu vinte edifícios na região.
Nos anos 1980 em diante o Brooklin atrai investimentos públicos, como a Operação Urbana Água Espraiada, que consistia na construção da Avenida Água Espraiada, a canalização do córrego de mesmo nome e a remoção das favelas às margens do córrego. O último destes foi o Complexo viário Real Parque, inaugurado em maio de 2008, que por meio da Ponte Octávio Frias de Oliveira, um marco arquitetônico da cidade, consagrou o bairro como um dos principais centros econômicos paulistanos. Devido a construção da obra houve a demolição da favela do Jardim Edith.
O Brooklin Novo abriga edifícios residenciais de luxo, várias sedes de empresas multinacionais, tais como: a Oracle, Nestlé, Nokia, Terra Networks e HP, canais de televisão, exemplos: da Disney-ABC Television Group, HBO Brasil e Turner Broadcasting System, e os consulados: canadense, esloveno, húngaro e sueco.
Por ser em um dos centros financeiros da cidade, possui um tráfego intenso em dias úteis da semana, principalmente na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Porém, por ser uma região comercial, aos finais de semana, permanece livre de congestionamentos. É o bairro paulistano que mais consome água, cerca de 600 litros por habitante ao dia.
Nele estão exemplos da arquitetura moderna brasileira, sendo alguns deles os edifícios mais altos do país, exemplo do: Centro Empresarial Nações Unidas, World Trade Center de São Paulo, Edifício Mandarim e Plaza Centenário. Localizam-se também em sua extensão a Sociedade Hípica Paulista e o Hotel Hilton de São Paulo, um dos principais hotéis da cidade.
À beira da Marginal Pinheiros, situa-se Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, um dos novos pontos turísticos paulistanos. A ponte faz a ligação dos distritos do Itaim Bibi e Morumbi. Assim como o distrito do Brooklyn de Nova Iorque, a versão paulistana possui uma ponte como cartão postal. É servido por uma estação ferroviária da Linha 9 da CPTM, a Estação Berrini e pelo corredor Diadema-Morumbi da EMTU.
Já o Brooklin Velho é uma região de alto padrão mais horizontalizada e majoritariamente residencial. Nele são realizados dois eventos da cultura alemã, predominante no bairro, o Maifest e o Brooklin Fest. Em suas proximidades está em válido a Estação Brooklin da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo. Poderá receber a estação Brooklin Paulista da Linha 17 do Metrô de São Paulo, em construção a monotrilho.
É um dos bairros que mais recebe lançamentos imobiliários da cidade e está em valorização.Em virtude da especulação imobiliária os territórios de Vila Cordeiro, o bairro vizinho ao Brooklin, são denominados como uma continuação do Brooklin Novo. Em Vila Cordeiro encontram-se diversas instituições importantes, como a TV Globo São Paulo[13] e o Hotel Hyatt[.O mesmo ocorre com a Vila Gertrudes, onde estão localizados o Morumbi Shopping, a sede da Vivo, o Market Place Shopping Center e o RochaVerá Plaza.
Todo ano o bairro conta com duas festas alemãs, inspiradas na Oktoberfest de Blumenau, Santa Catarina: uma delas acontece no mês de maio já estando na sua 17º edição, recebendo o nome de Maifest, e a outra no mês de outubro que realizará no ano de 2017 sua 23º edição, é batizada com o nome de Brooklinfest. Um cargo chefe da festa são os salsichões, no qual são encontrados em diversos tamanhos, no local também se pode adquirir outros tipos de comida da culinária alemã como por exemplo o Eisbein, Joelho de porco assado a pururuca onde tem como acompanhamento chucrute e a salada de batatas.
As festas sempre são feitas nas mesmas ruas do bairro, além das comidas típicas, se encontra danças, roupas, musicas, artesanatos e entre outras coisas tanto da cultura alemã, como de outras culturas.
Por qu o Brooklin se chama Brooklin?
Leia também Como nasceu o Brooklin?Tecnicamente, Sub-Distrito de Ibirapuera. Popularmente, Brooklin. O designativo pelo qual todos conhecem a região foi uma imposição dos seus antigos habitantes. A empresa que acabava de substituir a antiga Estrada de Ferro São Paulo a Santo Amaro, em 1906, (leia matéria) adotou a nomenclatura dos pontos de parada, em ordem numérica. Sendo o bairro, naquele tempo, apenas um conjunto de umas três casas, não deixou de ser aquinhoado com um ponto de parada, que denominou 5º desvio. Chamavam-se desvios, pelo fato de existir somente uma linha e os bondes esperarem, nos desvios ou pontos de paradas, os que vinham em sentido contrário.
O Bonde "camarão" da Light, chegando à parada Brooklin Paulista. |
Entretanto, após alguns anos de funcionamento dos carros elétricos que substituiram os puxados pelas máquinas de tração a vapor (leia matéria) , a nova concessionária resolvera dar nomes às paradas ou desvios, e assim sendo, foram escolhidos os nomes dos nossos ilustres governantes, para designativos dos pontos mais importantes. Todavia o 5º desvio foi uma exceção dentro do critério adotado pela concessionária, ao homenagear os nossos presidentes da Republica e outros nomes ilustres de políticos nacionais, pois Brooklyn Paulista, este o nome escolhido em homenagem à nação amiga Norte Americana, inspirado naturalmente em virtude da existência em Nova York do seu maior e mais importante bairro, o famoso Brooklyn.
Se a Light, como é popularmente chamada, deu esse simpático nome ao 5º desvio, o povo o aceitou e conservou, não porém sem certas reações às vezes drásticas. Quando os responsáveis funcionários municipais vinham trocar o nome que se achava inscrito na tabuleta existente no ponto de parada todos os brooklynenses prostavam-se diante das mesmas para a sua defesa. Certo dia, nas primeiras horas da manhã, os primeiros que se dispunham dirigir-se ao trabalho, tendo notado a mudança do nome na tabuleta para o de Ibirapuera, arrancaram e atearam-lhe fogo, como sinal de protesto. Êstes fatos repetiram-se por muitas vêzes, até que, cansados, os dois contendores, govêrno e povo, tàcitamente estabeleceram um "modus vivendi"; os bairristas teriam para si o nome querido e os governistas, como não podia deixar de ser, e de acôrdo com a máxima "Dura Lex sed Lex’’, ficaram com o de Ibirapuera para as suas citações oficiais.
Agradecemos a colaboração da Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Bom Retiro (Bairro de São Paulo)
Bosque dos Eucaliptos (Bairro de S.J.Campos)
Brooklin (Bairro de São Paulo)
Cambuci (Bairro de São Paulo)
Campo Belo (Distrito de São Paulo)
Indianópolis (bairro de São Paulo)
Jardim Satélite (Bairro de São José dos Campos)
Liberdade (bairro de São Paulo)
Mooca (Bairro de São Paulo)
Perdizes (Bairro de São Paulo)
Vila Mariana (Distrito de São Paulo)
Vila Palmeiras (Bairro de São Paulo)
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